O Cintilar da Bola de Gude é algo que ilude,
são distraçoes, devaneios,
tudo que nos distancia da realidade,
da coerência...

É a loucura disfarçada da própria sanidade.



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

As "teias" da "web"

Flickr, Twitter, Orkut, Facebook....Tantas opções...E uma eternidade de tempo livre para interagir. Já tentei conciliar, mas já cheguei a conclusão que é impossível. Não consigo nem manter este blogger atualizado...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Uma Linda Mulher


Ontem assisti pela miléssima vez Uma Linda Mulher. Só que desta vez, foi em DVD mesmo, e não na sessão da tarde como era de costume.

Descobri que a Sessão da Tarde me privou de cenas importantes e essenciais. Fiquei realmente revoltada por desconhecer a existência de acontecimentos, sendo que este foi um dos primeiros filmes que passei a venerar. Sabia até as falas de cór.

Me lembro na adolescência de sonhar com a existêncis de um Edward que, assim como no filme, seria lindo e apaixonado por mim. Me cobriria de presentes e mimos, e acima de tudo me amaria incondicionalmente.

É, mas não sou Vivian, não moro em Hollywood, e os sonhos dificilmente se realizam.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O Clã das Adagas Voadoras


Duração: 119 min.
Ano de Lançamento: 2004


Para mim, a melhor cena do filme é a ilustrada pela imagem acima. A dança da dita protagonista, que até então era deficiente visual para todos os efeitos, e que lança o tecido de sua roupa contra tambores chineses. É uma seqüência estonteante.
Como boa parte dos filmes chineses, a protagonista quer vigança. Esse sentimento inerente a alma humana toma formas sombrias nos longas de origem oriental. Apesar do filme também dar valor ao impacto causado pelas cores, ele peca um pouco na história e na sequência dos acontecimentos. Fora que os minutos finais do filme são fraquissimos.


Herói









Duração: 96 minutos



Ano de Lançamento (China): 2002









Este filme é um dos meus prediletos. Tenho uma significativa apreciação por filmes orientais, mas apenas quando eles tem algum sentido. Não aquelas produções onde as cenas de luta são mal elaboradas e repetitivas. Mas aquelas em que existe uma história que serve como pano de fundo para as lutas e onde é explorada ao máximo as cores. No caso deste em particular, a história de fundo é a unificação da China.



Uma das cenas memoravéis deste longa é a luta entre as personagens Neve e Lua. As cores são de entorpecer. Ambas as personagens estão vestidas de vermelho e toda a luta se passa num bosque em pleno outono. Todas as árvores estão amarelas devido a estação do ano e as folhas caindo formam um verdadeiro tapete de ouro.



Não são só as cores responsavéis pela perfeição deste filme. Em uma outra cena, entre os personagens Céu e Sem Nome, o pano de fundo para uma luta que ocorre apenas no pensamento dos oponentes, é um velho cego tocando um instrumento de cordas chamado Liuqin.



Desafio aos leitores assitirem a esse filme e partilharem comigo as suas experiências despertadas pelos sentidos.
O que nos causaria mais ilusões e devaneios do que filmes, músicas e poesias?
A arte instiga os sentidos, brinca com o que não é palpavel, mexe com o impacto das cores, dos sons, das palavras...
Quando pensei em escrever este blog queria dividir com outras pessoas sensações que a arte desperta no meu âmago. Como a arte de iludir me fascina e como eu me permito envolver. Talvez a justificativa para tal impacto seja a minha vida sem surpresas e desprovida de sentimentos avassaladores. Assim fica fácil o distanciamento do real, a busca pelo cintilar da bola de gude.


Seu Olhar
(Gilberto Gil)

Há no seu olhar algo que me ilude
como o cintilar da bola de gude
parece conter as nuvens do céu
as ondas brancas do mar
astro em miniatura,
microestrutura estrelar

Há no seu olhar algo surpreendente
como o viajar da estrela cadente
Sempre faz tremer, sempre faz pensar
nos abismos da ilusão
quando, como e onde,
vai parar o meu coração!?

Há no seu olhar algo de saudade
de um tempo ou lugar na eternidade
eu quisera ter tantos anos luz
quantos fosse precisar
para cruzar o túnel
do tempo do seu olhar